quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Texting while driving!?

Este é outro daqueles post's que já tinha publicado no meu outro blog. Em virtude do meu ultimo susto na estrada, decidi publica-lo aqui também. Afinal a ideia principal deste post é a divulgação.

"Inacreditável"

A vulgarização do uso do telemóvel deu origem a uma nova causa de sinistralidade rodoviária. O uso do
telemóvel durante o acto de condução. Foi recentemente atribuída (pela primeira vez numa estatística)
como principal causa de inúmeros acidentes rodoviários graves.  O que eu tenho observado nas nossas estradas é que se faz uso do telemóvel de uma forma indiscriminada e displicente durante a condução. Eu também o faço e não venho para aqui armado em moralista mas normalmente uso um auricular para o efeito e falo apenas o indispensável.

Conduzo regularmente carro e mota e tem sido aos comandos deste ultimo veiculo que mais tenho sentido a a falta de atenção dos condutores quando falam ao telemóvel enquanto conduzem. Em dois dias livrei-me de ser "passado a ferro" três vezes. Uma na Ponte 25 de Abril quando uma senhora ao atender o telemóvel largou o volante e o carro guinou, atravessando as 3 faixas, quando num cruzamento alguém não viu um sinal de STOP porque obviamente a conversa estava mais interessante e o pior foi um fulano que me ia atropelando 2 vezes seguidas uma ainda em Lisboa e a outra na saída para Almada tudo porque não quis largar o telemóvel. O ultimo susto... bem basicamente o condutor ia tão entretido ao telemóvel que, a estrada virou á direita e ele não reparou e seguiu em frente. Por sorte tenho saído ileso destes sustos, embora me pergunte "Até Quando?"  

Se como eu também acham que isto uma displicência terrível, então imaginem conduzir e enviar SMS's. Sim, ouviram bem...enviar SMS's.

Também nem queria acreditar mas, parece que nos Estados Unidos o Problema é mesmo grave. De tal forma que a Principal operadora de telecomunicações, a AT&T, levou a cabo uma campanha de sensibilização para este flagelo.

A campanha intitulada "The last Message" baseia-se no contributo de varias pessoas envolvidas envolvidas em acidentes envolvendo o envio de SMS's.

Aqui vos disponibilizo o vídeo desta campanha "The Last Message"




Divirtam-se e cuidado ao volante

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Passeio ao Castelo de Almourol

Existem aqueles dias em que um belo passeio de mota faz uma autêntica lavagem de alma. No dia 16 de Maio de 2009 acordei com uma daquelas "indisposições" provocadas por uma semana de trabalho de por os nervos em franja. Ou seja...acordei com a "mosca"...hehehe!
Agarrei na "Poderosa" e fiz-me à estrada. Já andava à algum tempo para ir fazer esta volta e se bem o pensei, melhor o fiz.

Destino: Praia do Ribatejo, Castelo de Almourol.


Saída de Almada ás 11:00 da matina e regresso por volta das 17:00 após 320 Km. Voltei relaxado e de alma lavada. Gastei pouco mais que um depósito de gasolina e cerca de 11 Euros de portagens na A1. A A23 é completamente gratuita (ainda).
 
 Esta zona era um dos meus destinos escolhidos desde que fui atingido por esta súbita doença das motas. Não só por ser um sitio fantástico para um passeio em 2 rodas mas também porque marcou a minha infância, pois durante muitos anos eu passava as minhas férias da Páscoa e parte das férias do verão em Vila Nova da Barquinha na casa da minha tia Rosa. Como já lá não passava à mais de 20 anos…estava mesmo na altura certa.

Logo ao chegar e ao fazer a ultima curva, lá estava ele imponente...o Castelo de Almourol. É realmente uma construção imponente no meio do Tejo.

Fartei-me de tirar fotos enquanto a “Poderosa” descansava da viagem, depois tirei a barriguinha de misérias no bar que dá apoio ao castelo…as empadas são maravilhosas. Até arranjei um amiguinho para dividir o almoço… :-) o Whiskas não fez cerimónias e tive que mandar vir mais uma empada…hehehehe…

No meio disto tudo, só uma nota negativa. O barqueiro acabou por ir almoçar e depois já não voltou...nem deu sinal de vida e eu tive que me fazer de volta à estrada sem visitar o castelo. Fica para a próxima!



Se quiserem planear um belo passeio, de mota ou em família. Este é efectivamente um destino a considerar. Já agora, passem também por Vila Nova da Barquinha para dar um passeio no parque “Almourol” que fica junto ao rio Tejo. É lindíssimo e dá para descansar antes de fazer o caminho de volta a casa.
 
Divirtam-se

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Um susto...

Quem anda de mota está consciente e normalmente alerta para os perigos que corre mas, ás vezes apanhamos uns sustos daqueles valentes. Daqueles em que nos ficam as pernas e os braços a tremer. Não falo dos sustos derivados de uma ou outra asneira que fazemos mas, aqueles que nos são completamente alheios.


Sexta-Feira passada, dia 11 de Fevereiro. Depois de um dia bastante agradável, eis que cai uma valente carga de agua mesmo na altura em que vinha para casa. Normalmente nestes dias o transito fica caótico e parece que todas a gente fica doida. É em dias como estes que redobro os cuidados. Baixo a velocidade e tenho a tendência de ir mais alerta. Este comportamento já me evitou alguns dissabores...mas neste dia apanhei um susto tão grande que quando cheguei a casa as minhas pernas ainda tremiam. Numa estrada secundaria relativamente estreita e com algum transito, circulava a uma velocidade não superior a 30 Km/h. Tinha acabado de ultrapassar um carro que tinha parado junto á berma para deixar um passageiro e assim que faço a curva, aparece-me um carro fora de mão ( um automóvel dos anos 30 completamente remodelado, parecido com o da foto). A sensação que tive na altura fui "já estás", só consegui desviar-me uns centímetros e assim que vi o para choques passar a milímetros do meu pé, agarrei-me com força e esperei o impacto na traseira da mota. Tinha a certeza que o tipo me ia acertar. A minha preocupação no momento foi pensar que a minha "Poderosa" ia ficar toda partida. Fechei os olhos e...nada aconteceu. Parei, olhei para traz incrédulo e vi o condutor do carro que eu tinha ultrapassado com as mãos na cabeça e a chamar maluco ao outro tipo. O senhor depois disse-me "Ele passou-lhe a milímetros. Nem viu a curva porque tinha o telemóvel na mão!" Fiquei com uma raiva que só me apetecia virar a mota, ir atrás dele e apertar-lhe o pescoço. Depois comecei nervosamente a rir e disse ao senhor "Pelo menos era um acidente com estilo. Era atropelado por um clássico.

Ainda agora ao escrever este post, pergunto-me como é que me safei... tinha a certeza que ele me ia bater. Acho que o meu anjo da guarda estava lá, comigo!!!

Divirtam-se...com cuidado!!!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma paixão explicada num texto sublime

Boas, este post já tinha sido publicado por mim num outro blog que tenho ( http://bolota-negra.blogspot.com/ ) mas, achei que era aqui neste blog que que ele fazia mais sentido estar publicado por isso, resolvi transcreve-lo.

Encontrei este texto no Fórum CBF Portugal do qual faço parte. Alguém ainda jovem que recentemente adquirira uma mota, perguntava se existiria literatura que trouxesse um pouco de luz á sua mãe. A senhora não conseguia perceber o fascínio do filho pelas duas rodas e vivia em perfeito terror cada vez que ele saía de casa. Foi então que um membro do fórum encontrou este texto e o publicou.

Obrigado Manpei por nos dares a conhecer este magnifico texto.
 
"Uma Prosa dedicada às motos

Se o automóvel é o primogénito do coche antigo, assente em várias rodas e puxado por muitos cavalos, não há dúvida de que a moto é o cavalo ele mesmo. Na verdade muitos dirão que lhe falta a crina, o relincho e o suor do animal de carne e sangue. Também a vontade própria que lhe permitia os coices, e a dependência de um alimento compacto que fazia da besta um vizinho do seu dono. Mas, em contrapartida, as duas rodas transformaram-no em alguma coisa que consegue outras distâncias, e permitiram realizar a infatigabilidade que no bicho era impensável supor. Em tudo o mais se assemelham e cumprem a mesma função. Em cima da mota a pessoa é independente, e o selim, feito para um só, permite quando muito o aconchego de um outro que faz companhia e se leva ao longe. Abraçado pelas pernas ao animal de aço, também o corpo se expõe ao vento e à tracção do ar, e realiza assim o que o risco sempre significou para o homem quando jovem. A exigência de força física, da agilidade, da versatilidade da cintura, a coordenação dos movimentos, tornam-no um objecto próprio para heróis. A exiguidade da dimensão permite que ultrapasse rápido, se esgueire por entre nesgas de trânsito e deixe para trás aqueles que obrigatoriamente se imobilizam junto ao chão, castigados pela comodidade das quatro rodas. Há na desenvoltura dos motociclistas um atrevimento que faz sonhar. Assim sobre a moto o homem coloca ardor de ser audaz e encontra a possibilidade de ser temerário, já que as sociedades modernas lhe diminuíram as oportunidades de ser valente com o seu próprio corpo. Por isso mesmo os franceses lhe chamam “siège de feu”, apenas porque não se lembraram de lhe chamar de cavalinho de oiro.
O jovem afaga o seu transporte, olha com desdém para o portal da casa, imagina a via livre onde poderá acocorar-se em novelo como se disparado, e as curvas em que poderá raspar as bermas como se caísse.
Por vezes, em sítio próprio, a mota poderá saltar como se voasse. Todos os que lhe impedem essa trajectória de sonho e riscos são malquistos. Mas a chamada para esse denodo é alguma coisa mais forte do que o querer individual de cada um. Aliás, agora pelas estradas, os moços, em motas, andam grupos como nómadas. Fazem excursões e ocupam os espaços como bandos. São pequenos exércitos naturais à procura da sua própria cavalaria e da sua contenda. Eu gosto de os ver passar. Eles cumprem um destino de vida que os leva a fugir, com ruído e ferocidade, dos panos quentes, das mesas e das camas. A fugir do leite e das horas certas de dormir. Sem saberem, eles simulam a migração que os seus antepassados fizeram na sua idade, ao cruzar os continentes sem saber onde iriam parar.
Foi assim que a terra se povoou.
Nas suas cabeças passa um destino que se desconhece.
Eles mesmo julgam que se rebelam e, contudo, obedecem a uma força da Natureza que os vai chamando.
Por isso, quando passam produzindo o som inconfundível, entre ameaçador e gritante, tiro-lhes o meu chapéu, abrando o carro, deixo-os passar.
Mas nem todos abrandam diante dos cavalinhos de oiro. Há mesmo os que aceleram, ou apertam, ou perseguem, ou driblam ou que são simplesmente indiferentes.
Traçam tangentes como se não os vissem. Depois, há os camiões grandes, os que pesam várias toneladas e cujo motorista vai tão alto, sentado no seu trono, que mal dá pelas motas a passar. Se são dois camiões altos e pensam muito, e levam as grandes rodas expostas, e grandes cargas montadas, a estrada fica cheia de peso. Os rapazes das motas têm tanta pressa. Como vão esperar pelas manobras lentas dos grandes camiões das estradas, e pelas tangentes dos carros, protegidos por chapas e estofos?
A proteger o corpo dos ocupantes das motas, vai só um pedaço de fazenda, ou quanto muito, um blusão de cabedal. E a sua pressa é tão grande, e a noção de que os seus corpos são inatingíveis é tão altiva. E a confiança no piso, na máquina e na ausência de obstáculo é tão forte. O coração motorizado da máquina, batendo o coração do jovem, é um todo invencível que passa sem qualquer peso de montada. Sem qualquer necessidade de vénia ou descanso.
Por isso abrando a marcha do meu carro e espero que passem todos para não lhe inibir a rota, nem lhes impedir o pensamento fixo. Não me quero juntar aos obstáculos que as mães foram pondo, até que as vontades dos seus filhos fossem mais fortes.
Eu respeito essas pequenas montadas conduzidas por pessoas que desejam coisas, com uma vontade muito maior do que elas mesmo têm. Eu já fiz tudo para contrariar essa vontade. Agora, porém, eu compreendo o trajecto que medeia entre a proibição e a mota.
Ao fundo da escada, o meu filho tem uma.

Autor: Lídia Jorge
"

Divirtam-se

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Passeio a Santa Susana

Certo dia decidi alargar as minha volta com a "Poderosa" mas, agora sem a companhia do Fernando não podiam ser uma voltas muito grandes. Eram os meus primeiro passeio a solo e não me queria alargar muito, não fosse o diabo tece-las. Assim a decisão caiu sobre uma pequena aldeia no concelho de Alcácer do Sal chamada Santa Susana. Já lá tinha estado uma vez, num evento organizado por amigos e tinha gostado muito daquela aldeola.

Imediatamente a seguir ao almoço no dia 25 de Abril de 2009, fiz-me á estrada. Rumei a Setúbal pela A2 e segui depois pela nacional passando por Aguas de Moura até Alcácer do Sal onde, fiz uma pausa para um cafezinho. Segui caminho pela estrada que vai em direcção ao Pego do Altar e depois para Santa Susana. A viagem faz-se muito bem. São cerca de 70Km de boa estrada e paisagem agradável. Nos ultimos 20 Km a paisagem é mais bonita mas a estrada piora consideravelmente. Mas ao fim de pouco menos de uma hora estava em Santa Susana.

Como descrever esta pequena Aldeia...vou usar as descrições que tirei na altura da net, nomeadamente da wikipédia e do Lifecooler.


 "Com uma arquitectura tipicamente alentejana, a aldeia de Santa Susana destaca-se pela presença de casinhas de rés-do-chão, todas caiadas de branco com barra azul e grandes chaminés. As ruas estão limpas, como é costume no Alentejo. A igreja, de pequenas dimensões, assim como a escola primária, têm um ar pitoresco. As gentes da terra esforçam-se por manter intactas a tradição e a arquitectura regional. O património local contempla a igreja matriz, uma ponte barroca submersa e um cruzeiro; recomenda-se, além disso, uma visita ao parque das merendas e à zona da barragem e albufeira do Pego do Altar (obra hidro-agrícola, mandada edificar no Estado Novo para regar os arrozais do concelho de Alcácer do Sal)."

Realmente o que eu mais gosto é da arquitectura (o azul sobre o branco) e da ruas sempre limpas. Disseram-me, na altura em que visitei esta aldeia pela primeira vez que, tinha sido considerada a aldeia mais limpa de Portugal. Não sei quando, nem por quem mas, ao apreciar-mos a aldeia in loco, não podemos discordar da afirmação. Quem for pela gastronomia não pode perder a açorda de alho, o ensopado de borrego, o achigã frito e as migas com carne de porco.

Depois de parar a "Poderosa" fui passear pelas ruas, dei um salto á barragem onde até passei pelas brasas (são os genes Alentejanos) e para finalizar fui comer uns acepipes regionais num tasquito lá da terra. Enfim...uma tarde muito bem passada.

O caminho de volta foi exactamente o mesmo só que, desta vez foi a fugir da chuva que se aproximava. Qualquer dia destes repito a dose mas, a volta será feita por Vendas Novas com paragem nas famosas bifanas e empadas pois, o deposito da "Poderosa" não pode ser o único a ser atestado :-)


Divirtam-se

I saw you...

Como motociclista, tenho o dever de divulgar esta campanha.

Nunca se esqueçam de uma coisa muito importante. Por debaixo dos capacetes e fatos de cabedal está uma pessoa igual a vós. Uma pessoa com família, casado e com filhos. Digo isto porque sei que a imagem que a muitas pessoas têm de um Motard é a de um rufia que só gosta de andar a abrir por aí e que não respeita nada nem ninguém. Nada pode estar mais longe da verdade, este comportamento é apenas a excepções à regra mas, infelizmente é por estas excepções que somos sempre rotulados.



Eu vi-te, mas tu não me viste a mim...

Saudações de um motociclista, peão e homem de família.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"La Poderosa"

No Inicio do ano de 2009, fui fazer uma visita ao salão de exposições da Batalha para ver as motas, vim de lá completamente apanhadinho do clima e decidido a trocar de mota. Comecei a comprar revistas, a pesquisar na net e pouco depois fazia os primeiros contactos. A mota que me tirava o sono na altura era a espectacular Kawasaky Versys. Encontrei uma num stand no Estoril e fui lá ve-la. Era cor de laranja e tudo...espectacular. O negócio só não foi para a frente devido ao fraco valor de retoma da minha XT600E mas, o passeio não ficou perdido porque tomei contacto com duas motas que até então não me tinham despertado á atenção. Uma Honda CBF600SA e uma Yamaha Fazer FZ6 que me espevitaram algum interesse.

Um mês depois estava a pedir informações a outro vendedor sobre uma Honda CBF600SA que estava a um preço bastante apetitoso tendo em conta que tinha pouco mais de 2 anos e a módica quilometragem de 3960Km. Novamente se repetiu a avaliação por baixo do valor da XT. Acabei por a colocar á venda na net nesse mesmo dia e...15 dias depois estava vendida pelo mesmo preço que a comprei. Espectáculo né...!?
Voltei então á carga com a Honda CBF600SA que ainda não tinha sido vendida e nesse mesmo dia recebi as primeiras fotos da menina que o vendedor amavelmente me enviou.


No dia a seguir estava no stand para a ver in loco. Se a principio não era mota que me tirasse o sono, depois de me sentar nela e dar a primeira volta... fiquei apaixonado. Ainda estive a ver uma Kawasaky Versys (O stand era representante da Kawasaky) mas já não era a mesma coisa. A suavidade da CBF600, o ABS de serie, a altura do assento juntamente com o preço ditaram a escolha.

Pouco tempo depois estava trocado o meu "Primeiro amor" pela minha grande paixão...a minha Honda CBF600SA a qual eu chamo "La Poderosa"  em homenagem à Norton 500 de 1939 com que Ernesto Guevara e Alberto Granado percorreram a America do sul de Buenos Aires a Caracas.

Curiosamente a escolha do nome para a minha menina gerou alguma controvérsia num fórum a que pertenço (Club CBF). Parece que já lá havia uma "Poderosa" e que era pertença de um membro muito acarinhado que já não está entre nós. Assim foi-me pedido para alterar o nome da mota e eu acedi razão pela qual a minha CBF600SA também é conhecida por "A Vigorosa". 

Fui busca-la no dia 1 de Abril de 2009 e nesse mesmo dia pregou-me a única partida até hoje. Ficou-me parada na A5, pouco depois das portagens de Carcavelos com problemas de bateria. Nem tinha andado 5 Km. Obviamente o stand foi recolher a mota, e como tinha ficado sem transporte, prontificaram-se a levar-me a casa. Dois dias depois tinha a menina á minha espera e a partir desse dia nunca mais me desiludiu.

Ainda hoje me lembro do dia em que a fui buscar... vieram-me a cabeça as sábias palavras do meu instrutor de condução... "Não te dou 6 meses e estás a trocar de mota". E não é que ele tinha razão!? Isto quem sabe...sabe e pronto!


Divirtam-se

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Passeio a Évora

Em Janeiro de 2009 fiz o meu primeiro grande passeio. Uma viagem de ida e volta a Évora, com paragem e almoço nas bifanas de Vendas Novas. Foi uma experiência única! A XT600E portou-se muito bem e eu também, mesmo quando andei por aquelas ruas íngremes de empedrado (já bem polido e escorregadio) com a menina a dar de rabo.

A viagem foi feita na boa embora, a velocidade não tenha sido muito alta. Circulamos por estradas nacionais com algum transito e a falta de protecção aerodinâmica impediu velocidades maiores, mesmo quando tinha hipóteses para isso. Chegados a Évora a primeira paragem foi na Praça do Giraldo para tomar um café e descansarmos um pouco. A seguir o templo de Diana onde, deixamos as mota para dar uma volta a pé e esticarmos as pernas.  Chegar ao templo de Diana foi uma aventura digna de 2 tótós...hehehe...o Fernando insistia que sabia o caminho e eu fui atrás dele. Bem...meti-me em ruelas que se eu hoje soubesse, de certeza que não punha lá os coutos. Ruas estreitas e ingremes de paralelos polidos onde se escorrega a pé quanto mais de mota. Ainda hoje não sei como não me espalhei com a XT. Pois, com os pneus meio cardados parecia que estava a andar em manteiga. Finalmente chegamos sem incidentes. Doiam-me tanto as mãos de apertar os punhos da XT que quase nem conseguia agarrar o capacete.

Na volta só houve uma alteração. Paragem em Vendas Novas para Almoço e matar saudades pois, tanto eu como o Fernando passamos quase um ano das nossas vidas nesta terra quando prestamos serviço militar na Escola Prática de Artilharia. Ainda hoje quando lá passo faço questão de parar e dar uma volta pelo jardim em frente ao quartel, pelos bons velhos tempos.

Nesta pequena grande viagem fiz outra grande descoberta. Descobri a minha alma de viajante. Descobri que viajar de mota me dava um prazer indescritível. A sensação de liberdade e paz de espírito é impreesionante. Um verdadeiro balsamo para a alma.

Divirtam-se

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O meu primeiro Amor

A doença das 2 rodas deu de tal forma que ainda antes de acabar a instrução já tinha adquirido mota (o primeiro amor). Uma Yamaha XT600E. Eu adorava esta mota e como surgiu a hipótese de adquirir uma bem estimada e com poucos quilómetros nem hesitei. Uma das coisas que descobrimos com a experiência é que uma coisa é gostar de uma mota outra coisa é conduzi-la, mais tarde vim a constatar isso mesmo embora tenha sido avisado pelo meu instrutor de condução. Dizia ele: "Essa mota não é boa para ti. Não te dou 6 meses e estás a trocar de mota".

Curiosamente a primeira vez que me montei nela fui atirado ao tapete...hehehehehe... ainda hoje não percebi muito bem como aconteceu mas, na altura fiquei com a sensação de que o chão tinha desaparecido repentinamente. Foram duas estreias em cheio... a mota e o pavimento. E não seria a ultima vez, caí mais umas 3 ou 4 vezes. Sempre parado e sempre pelas mesmas razões...o chão fugia de repente e zásss, lá estava o Miguelito no chão com a menina por cima. A minha sorte é que a mota era tão leve (150/160 Kg) que se levantava com a maior das facilidades. Felizmente, as únicas feridas resultantes destas desventuras foram mesmo só no meu orgulho.

Com estas peripécias constatei que o meu instrutor de condução tinha razão. A mota era muito alta e eu mal conseguia chegar com os pés ao chão. Por isso algo teria que ser feito e na revisão seguinte, a conselho do mecânico mandei rebaixar as bainhas da suspensão dianteira o que melhorou um pouco a condução e a auto-confiança. De tal forma que a mota passou a ser utilizada tanto nas deslocações para o trabalho como nos passeios de fim-de-semana. Passeios estes que começaram por umas voltitas na zona onde vivo e passaram a passeios bem maiores e cada vez mais frequentes normalmente acompanhado por um grande amigo o Fernando e a sua Honda Shadow 750 apelidada por mim de "lata cromada".

Foi com a XT600E que fiz o meu primeiro passeio. Uma viagem a Évora de ida e volta, com paragem e almocito nas bifanas de Vendas Novas. Escusado será dizer que adorei e comecei a querer voar mais alto.

Divirtam-se

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

The Beginning

Este blog será totalmente dedicado à minha paixão pelas duas rodas. Será um espaço de divulgação, partilha e também uma forma de relatar o que me vai na alma e no coração. Será assim, tipo um álbum de memórias.

Relativamente ao titulo do blog, podem perguntar a vós próprios o porquê do nome mas, percebam que não é muito normal uma pessoa que nunca tinha andado de mota, apanhar a doença das duas rodas aos 38 anos. A doença atacou de tal forma que acho que já não tem cura...hehehehehe...

O início desta paixão aconteceu aos 38 anos de idade. Um dia acordei e pensei que se calhar até era fixe arranjar uma "lambreta" para dar umas voltas. A ideia foi amadurecendo, até porque na altura estava a recuperar de uma operação ao ouvido e não me podia meter em aventuras. Dois meses depois, recuperado, increvi-me na escola de condução e após mais 2 meses de complicações com o IMTT (comigo nada acontece de forma simples) pude finalmente ter a minha primeira aula de condução.

A primeira aula de condução foi marcante...só tinha andado de mota 2 vezes e tinha sido há 20 anos atrás. Estava super apreensivo...o instrutor achou melhor levar a 125cc para começar e fez bem porque, quando olhei  para a 500cc, fiquei bem assustado. A 125 era uma Honda CG 125 e ao ligar a mota e dar a primeira volta...tinha despoletado um grande acontecimento. Tinha acabado de descobrir uma enorme paixão!

Mas se na primeira aula estava apreesivo, na segunda estava euforico e na terceira... completamente borrado de medo...tinha finalmente a 500cc nas mão, uma Kawasaki Er/5 que me parecia enorme e super pesada. Tinha uma hora de aula pela frente enfiado no transito em Lisboa na hora de ponta. A aula passou, uma batalha vencida, um sorriso de orelha a orelha e uma alegria imensa a inundar-me a alma. Acreditem ou não, cada vez que me monto na mota e carrego no botão da ignição, volta esse sorriso e essa alegria como se tivesse acabado aquela celebre aula de condução.

A doença deu de tal forma que ainda antes de acabar o instrução já tinha adquirido mota (o primeiro amor). Uma Yamaha XT600E. Mas isso é motivo para um próximo post.

Finalmente, no dia 30 de Junho de 2008 às 16:00, saí do centro de instrução com a carta na mão e com um novo mundo por descobrir. Para tal, muito contribuiu o meu instrutor o Luís Silva da escola de condução Moderna. Para além de excelente profissional, é um Motard de alma e coração... Obrigado Luís.

Com a descoberta deste novo mundo vieram novas descobertas...descobri a minha alma de viajante numa pequena viagem a Évora. Descobri que viajar de mota era um prazer, só ultrapassado pela minha paixão pelo mergulho. A sensação de liberdade e paz de espírito é incomparável a qualquer outra coisa que já tenha vivido. Um verdadeiro bálsamo para a alma.

E é assim que um cota na casa dos 40 anos se torna uma criança...quando liga a mota e se lança à estrada sem destino e a sentir o vento no rosto...de repente o mundo torna-se um local muito pequeno.

Divirtam-se